O cinema político é um gênero que tem sido cada vez mais explorado nos últimos anos, especialmente em tempos de eleições e democratização da informação. Adeptos do cinema político acreditam que, ao se criar um filme que aborda um candidato específico e, muitas vezes, sua campanha eleitoral, é possível influenciar a opinião pública.

Isso se dá pelo poder de empatia e identificação que filmes são capazes de criar. Ao apresentar um candidato de forma heroica, com um passado de superação e coragem, é possível criar um vínculo emocional com o espectador. No entanto, há quem questione a ética dessa prática e o impacto real que ela pode ter na política.

Um exemplo de candidato favorito criado pelo cinema político é Matt Santos, personagem interpretado por Jimmy Smits na série americana West Wing. Santos, um congressista hispânico, é apresentado como um candidato honesto e dedicado à sua causa. Ao longo da série, ele enfrenta diversos obstáculos em sua campanha até que, no final, é eleito presidente dos Estados Unidos.

Apesar de ser um personagem fictício, a popularidade de Matt Santos foi tão grande que muitos americanos passaram a considerar a possibilidade de um congressista hispânico se tornar presidente. A questão é: até que ponto essa popularidade se reflete no cenário político real?

Há quem argumente que a criação de um candidato de cinema pode ser perigosa, pois ela mascara as verdadeiras intenções do político e o torna inatingível para o eleitor comum. Afinal, o Matt Santos da ficção não precisa enfrentar os mesmos problemas e pressões que um político real enfrenta. Além disso, a popularidade criada pelo cinema político pode ser passageira e não se traduzir em votos reais.

Por outro lado, muitos acreditam que o cinema político pode ser uma ferramenta poderosa para a conscientização política e para a criação de líderes inspiradores. Quando bem feito, um filme pode despertar o senso crítico do espectador e levá-lo a questionar a realidade política em que vive. Além disso, a figura do candidato favorito pode servir como um exemplo a ser seguido, inspirando a próxima geração de líderes.

Em resumo, o cinema político tem o poder de criar candidatos favoritos em filmes, mas é importante questionar até que ponto a popularidade gerada realmente se traduz em votos reais e se o exemplo inspirador criado pelo cinema político pode ser realmente concretizado na política real. É preciso lembrar que, no final das contas, a política é feita de pessoas reais, com problemas reais, e que é fundamental separar a ficção da realidade política.